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domingo, 27 de agosto de 2023

Fugindo do sofrimento

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SAÚDE TOTAL

CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA


Fugindo do sofrimento


Vivemos na era da medicamentação exagerada. E não é para menos. Não queremos sentir dor, não desejamos sofrer. A consequência? Uma geração inteira que vive a base de drágeas, por qualquer angústia que aparece, por menor que seja esta.

Antes de 1900 alguns médicos acreditavam que algum grau de dor era saudável, por entenderem que a dor acionava resposta do sistema imunológico e cardiovascular, ajudando na recuperação.

O que isso significa? Que estamos fugindo da dor. Ora com medicamentos, ora com entretenimentos. A lógica é: entorpecimento.

O número de antidepressivos vem crescendo em todo o mundo. Entre 1990 e 2017 o número de casos de depressão cresceu 50% no mundo. É preocupante demais estes números. E perceba que nem atualizados estão.

Segundo Lucas Rocha, da CNN, “Antes da pandemia de Covid-19, cerca de 193 milhões de pessoas tinham transtorno depressivo maior e 298 milhões de pessoas tiveram transtornos de ansiedade em 2020. Após o ajuste para a pandemia, as estimativas iniciais mostram um salto para 246 milhões para transtorno depressivo maior e 374 milhões para transtornos de ansiedade”.

 E não estamos nos referindo apenas a adultos, não. O número de crianças e adolescentes que fazem uso de medicamentos é imenso. Estima-se que cerca de 20% das crianças brasileiras têm algum transtorno mental. O que se torna mais preocupante, pois segundo a OMS existem mais de 450 milhões de pessoas no mundo com transtornos mentais.

Entendendo que o ambiente onde o feto se desenvolve e o lugar onde a criança vai crescer, principalmente nos primeiros anos de vida, precisa ser acolhedor e saudável, percebemos o quanto as fases em que as bases da vida se faz, necessitam ser mais cuidadosamente pensadas. Evidentemente que haverá falhas, mas quando se tem uma organização, estes erros tornam-se menos frequentes.

E pasmem, diante de todos estes dados constatamos que temos feito com nossas crianças o que fazemos conosco: buscarmos fugir do sofrimento por meios variados, sobretudo pela medicamentação.

No próximo artigo vamos entender melhor como funciona a dualidade prazer e sofrimento e, de que maneira podemos equilibrá-los sem precisar de rodas de fuga.

Um fortíssimo abraço para você!

Instagram: baunilha 45 e S48M7

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