CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
Por uma comunidade amorosa
Conexão é o que nos espera. Fomos feitos para ela. Mas não podemos esquecer de uma verdade muito relevante: para termos conexão com o próximo, precisamos ter conexão conosco mesmo. Parker Palmer diz que “somente quando temos comunhão com nós mesmos, poderemos encontrar a comunidade com os outros”. E Scott Peck salienta que são nas comunidades e através delas é que reside a salvação do mundo.
É isso não é coisa do outro mundo. Nascemos em comunidade. Dificilmente alguém nasce isolado. E é nesta primeira comunidade que aprendemos o que é o amor. Também aprendemos o que é a dor, quando o amor não é revelado.
Mas de uma forma ou de outra é neste núcleo que aprendemos a força que uma comunidade pode ter.
Se o amor reside na família, outros amores ficam mais fáceis de serem cultivados. Se o lar for disfuncional, tendemos a buscar amores em outras paragens, em outras famílias ou familiares, em amigos ou irmãos de fé. Porque sabemos por intuição que o amor existe em algum lugar.
Sentimos em nossas amizades. Amizades amorosas nos doam sabor a vida, dando sentido à existência. Amizades verdadeiras é um bom exemplo de que pode existir uma comunidade de alegria para além do núcleo familiar.
Mas não podemos esquecer: amar bem não é só uma tarefa dos laços românticos, mas de todo enlace humano.
Isso não significa que as relações serão sempre harmoniosas. Somos humanos e como tal falhamos nas ações e na comunicação. Neste ínterim entra o perdão com seu poder de tonar tudo verdadeiro. O perdão, se pensarmos bem, é um ato de generosidade. Quando perdoamos abrimos caminho para o amor e para o respeito.
O perdão é tão importante por ser uma ação que nos transforma em seres poderosos, corteses, harmônicos e amorosos. Por isso é de suma relevância para uma vida em comunidade.
Um fortíssimo abraço para você!
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